top of page
Foto do escritorManual Pesquisa

Grupo de Pesquisa discute sobre machismos e masculinidades tóxicas em webconferência

Atualizado: 9 de jan. de 2023


O debate ocorre no dia 06 de outubro, a partir das 21h, horário de Brasília.


Repórter: Eduardo Haleks



O machismo estrutural causa impactos negativos na sociedade, por isso o Grupo de de Pesquisa Mídia, Conhecimento e Meio Ambiente: Olhares da Amazônia (UFRR/CNPq) promove o debate “Machismos e Masculinidades Tóxicas''. A webconferência é destinada a pesquisadores, professores e alunos, e ocorre no dia 06 de outubro, das 21h às 23h (horário de Brasília).


Segundo o coordenador do grupo de pesquisa, Simão Farias, o debate visa entender as causas e consequências da masculinidade tóxica.


“Entender as similaridades e diferenças entre machismo e masculinidade tóxica, que muitas vezes afetam também a natureza e os seres não humanos. Porque muitas vezes, as formas de violência por parte de homens machistas também afetam animais domésticos, são expressas através de poluição, incêndio etc, ou seja, são tóxicas de uma forma mais ampla”.

Para o pesquisador e professor da Universidade Federal do Paraná, Andrio Robert, nos últimos anos o machismo tem sido intensificado devido a questões políticas, e ele ressalta a importância da masculinidade tóxica ser combatida.


“É inquestionável que os fatores políticos atuais fomentaram o machismo, a misoginia, a LGBTQIAP+fobia, o racismo e demais violências. Mas isso tudo já estava em um lugar latente de nossa cultura. Esse combate traz qualidade de vida para os homens. A masculinidade hegemônica constrói a noção de que esses corpos são imbatíveis e imortais, os afastam do autocuidado e das políticas de saúde”.

De acordo com Andrio, esse padrão normativo de ser homem o impede de um mergulho em emoções, é agente ativo na destruição de uma vida sexual saudável e interdita a afetividade. Combater o machismo é a retirada de um imenso fardo que é posto nos ombros deste sujeito durante a vida toda.


O debate possibilita perceber novas formas de enfrentamento contra o machismo e a masculinidade tóxica na nossa sociedade. A socióloga e integrante do Núcleo de Mulheres de Roraima (Numur) Andrea Vasconcelos, ainda reforça como o fenômeno do feminismo pode ser um grande aliado nesse combate.


“O feminismo é um pensamento e uma atitude que busca a igualdade entre os sexos, logo ele propõe uma sociedade justa e igualitária, assim homens podem sair de papéis fixos e rígidos de gênero, podem transitar e ressignificar valores éticos e morais, construindo ambientes democráticos, saudáveis e respeitosos nas relações pessoais, interpessoais e institucionais”.

Ela lembra ações e iniciativas pontuais das instituições que fazem atendimento às mulheres em situação de violência, a exemplo dos serviços prestados na Casa da Mulher Brasileira, que buscam construir uma agenda de ações mais amplas e propositivas em datas importantes, como 08 de março e 25 de novembro, dias de luta pelo fim da violência.


Mas para Andrea, um dos principais desafios para enfrentar o machismo é ampliar as políticas públicas voltadas a uma educação dirigida à igualdade de gênero e que os próprios homens se organizem em grupos para refletirem sobre o impacto do machismo e das masculinidades tóxicas em suas vidas.


O Grupo de Pesquisa Mídia, Conhecimento e Meio Ambiente: Olhares da Amazônia (UFRR/CNPq) tem realizado webconferências neste segundo semestre de 2022, com o propósito de tratar de temas convergentes a epistemologias socioambientais capazes de denunciar opressões de desinformação, gênero, raça, etnia e sexualidade que também afetam o meio ambiente, os ecossistemas e os animais.


O debate contará com a emissão de declaração de horas complementares para os participantes. Não há inscrição prévia, basta os interessados ingressarem na sala de webconferência e informarem o nome completo e o e-mail para o recebimento da declaração de participação. O link de acesso para o evento é https://conferenciaweb.rnp.br/webconf/simao.


Confira a programação:


Debate: Machismos e masculinidades e tóxicas

Dia: 06 de outubro

Horário: 21h à 23h (horário de Brasília); 20h às 22h (horário de Boa Vista/RR)

Mediador: Simão Farias (PPGCOM/UFRR)

Debatedores:

Andrea Vasconcelos (NUMUR), Andrio Robert (UFPR), Carlos Ferreira (Unesp-Bauru), Clayton Nobre (Mídia Ninja Foda) e Pe. Ricardo Riki (Pastoral de Formação de Leigos e Jovens (ITEPES).





141 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


bottom of page