- Repórter: Willians Dias
Foto: Arquivo
Simão Farias Almeida, líder do grupo de pesquisa Mídia, Conhecimento e Meio ambiente: olhares da Amazônia, desenvolverá a pesquisa no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará.
O líder do grupo de pesquisa Mídia, Conhecimento e Meio ambiente: olhares da Amazônia (CNPq/UFRR), Simão Farias Almeida, desenvolverá pesquisa relacionada a negacionismo em narrativas sobre emergência climática, no Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará (PPGCOM-UFC), no período de maio de 2023 a maio 2024. O trabalho leva em consideração aspectos pós-coloniais e co-culturais associados ao tema.
O estudo tem como título “Negacionismo tóxico, atravessamentos pós-coloniais e co-culturais em narrativas de emergência climática”. O professor do Curso de Comunicação Social - Jornalismo e do programa de Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal de Roraima possui pesquisas que envolvem epistemologias, vulnerabilidades e enfrentamentos socioambientais dos danos ambientais e das mudanças climáticas no jornalismo e no cinema.
Há dois anos, o pesquisador iniciou a pesquisa que começa a ser desenvolvida no programa de pós-graduação cearense.
“As referências bibliográficas envolvem livros, e-books, artigos científicos, relatórios, manuais, cartilhas, matérias jornalísticas e filmes. São produções que podem contribuir nas discussões teóricas e críticas a respeito de desinformação, fake e, principalmente, negacionismo das mudanças climáticas”, explicou Almeida.
A pesquisa irá expor a relação entre masculinidade tóxica e negacionismo das mudanças climáticas no cinema e no jornalismo. Para ilustração, Simão Almeida, utilizará webreportagens nas quais existem discursos negacionistas das mudanças antropogênicas do clima, além do roteiro, do filme e do romance adaptado estadunidense Interestelar.
“São narrativas que identificam a emergência climática e o negacionismo de suas evidências por parte de fontes políticas no jornalismo e de alguns personagens da ficção que agem a partir de uma masculinidade tóxica”.
A construção do trabalho parte de epistemologias socioambientais, denunciando a negação da degradação ambiental e das mudanças climáticas usada para também negar pessoas discriminadas na sociedade, a exemplo da parcela mais pobre da população, dos indígenas e das comunidades tradicionais. A ideia é, a partir da pesquisa, contribuir com discussões sobre problemas que afetam a Amazônia em futuras atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na Universidade Federal de Roraima (UFRR).
“O propósito é continuar com a pesquisa, seja relacionando à masculinidade tóxica, seja associando à xenofobia, ao ódio e etc. Da mesma forma que as queimadas são tóxicas para seres não humanos, elas vulnerabilizam sujeitos que já são excluídos socialmente. Prejudica tanto as minorias, quanto a natureza”.
A pesquisa será supervisionada pelo Prof. Dr. Diógenes Lycarião Barreto Sousa, Pesquisador Permanente do PPGcom-UFC.
Simão Almeida
Simão Farias Almeida é professor do Curso de Comunicação Social - Jornalismo e do Programa de Pós-graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal de Roraima. Líder do grupo de pesquisa Mídia, conhecimento e meio ambiente: olhares da Amazônia. As pesquisas desenvolvidas abrangem epistemologias, vulnerabilidades e enfrentamentos socioambientais dos danos ambientais e das mudanças climáticas no jornalismo e no cinema. Já publicou capítulos de livros, e-books e artigos científicos no Brasil e no exterior.
Grupo de Pesquisa
O grupo de pesquisa Mídia, conhecimento e meio ambiente: olhares da Amazônia (CNPq/UFRR) foi criado em 2015 com o propósito de reunir áreas disciplinares e interdisciplinares engajadas com a preservação ambiental e contra as tentativas e as práticas veladas e declaradas da destruição da natureza.
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